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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Dead Rising 2



Frank West, o herói do primeiro jogo, era um fotógrafo e, até por sua profissão, o primeiro "Dead Rising" contava com a possibilidade de o jogador tirar fotos dos cenários e inimigos. Agora, West deu lugar a um novo herói, o motoqueiro Chuck Greene, que não usa câmera e ganha a vida no "Terror is Reality", uma espécie de reality show de motocross em que os participantes devem dar cabo de zumbis sedentos por sangue humano. Além do espírito desportivo, um dos motivos que o colocam nessa competição sangrenta é a saudade que sente de sua esposa, morta por um dos muitos mortos-vivos que ele atropela com sua moto.

Essa trama acontece em Fortune City, uma versão caricata de Las Vegas. Após participar de mais uma gravação da competição de motocross, Greene vai ao encontro de sua filha, mas um incidente faz com que centenas de zumbis escapem e que o pânico tome conta desta cidade do pecado. Para piorar a situação de Greene, a filha foi mordida por um zumbi no passado, e a única forma de a garota não se tornar uma morta-viva é tomando a medicação conhecida como Zombrex. E a coleta deste medicamento valioso para sua pequena filha é um dos objetivos principais do jogo e fará com que o jogador muitas vezes se preocupe mais em salvar a garotinha do que cumprir os demais objetivos.


Além disso, Greene precisa também ajudar diversas pessoas que cruzam seu caminho. Este tipo de boa ação é primordial para que ele não fique sozinho no meio dos monstros. Claro, sem se esquecer do tempo, tão precioso no primeiro jogo, e que volta a assombrar o jogador para cumprir todas as missões até o limite estipulado, de 72 horas.

A dificuldade do jogo é mais leve que a do primeiro game, e o jogador terá até tempo para se recuperar caso leve danos. Um dos motivos para isso é o aperfeiçoamento da mecânica de golpes e combos, que podem até ser modificados conforme o item que Greene tem em mãos. Por exemplo, ao pegar uma luva de boxe ou de MMA, o personagem poderá soltar golpes mais fortes e até dar ganchos, não disponíveis sem esses acessórios, além de dezenas de outros tipos de armas brancas capazes de aumentar ainda mais a gama de movimentos de luta do herói.

Quem jogou o primeiro "Dead Rising", certamente ficou espantado com a quantidade de inimigos simultâneos na tela. Segundo a Capcom, o jogo anterior suportava até 800 personagens na tela, e que nesta continuação este número subiria para 6 mil. Dificilmente alguém terá tempo e paciência de contar quantos oponentes estão na tela, mas não é preciso ter muita atenção para perceber que os espaços vazios para fugir em "Dead Rising 2" são cada vez mais raros nos cenários e que tudo se movimenta com uma suavidade de animação, sem nenhum sinal aparente de queda de framerate.

O jogo surpreende pela riqueza de detalhes. A ação se passa em um local que se parece como um híbrido de shopping center, cassino e hotel, e oferece diferentes cenários. Se já não bastasse a bela caracterização das diversas lojas com dezenas de itens para destruir e até utilizar como arma, o jogo conta com personagens mortos e vivos muito bem detalhados e com uma diversidade tão incrível que será difícil o jogador notar roupas parecidas sem se esforçar muito procurando entre o batalhão de pessoas e oponentes.

Improvise e acabe com os zumbis

Sobre os itens disponíveis, há opções bem violentas, como uma serra elétrica, e outras até engraçadas, como uma arma que lança água. O jogador pode trocar a roupa do seu personagem e vesti-lo de diferentes formas, desde um rapper, até uma garota com short jeans. A novidade, porém, é que Greene pode construir armas improvisadas unindo diferentes itens, como colocar gasolina na pistola de água e criar uma espécie de lança-chamas ou diferentes bugigangas com dezenas de outros itens. Esse tipo de improviso é possível conforme o jogador avança na trama, ganhando pontos de experiência que valem, além de mais espaço para armas, mais movimentos diferentes e mais saúde.

O grau de violência é grande e, a cada zumbi abatido, litros de sangue voam pelos ares. Como há diversas armas para combatê-los, há diferentes formas de interações e mortes para assistir, o que é um verdadeiro desbunde para fãs de filmes de terror B. A mecânica no geral funciona muito bem, com uma única ressalva para a câmera, que às vezes atrapalha a visão em momentos mais tensos. Outro ponto que poderia ser mais caprichado é o som, já que a dublagem é em alguns casos, um tanto forçada, sobretudo nos momentos de mais emoção. Os efeitos sonoros são bons, assim como a trilha, que apesar de eficiente ao acompanhar as diferentes sensações do personagem, não chega a impressionar.


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